
Faz-se o sinal que tende a ficar fraco
Cada vez mais frágil
Ligação com interferência de fraca vontade
Zumbido de falsas verdades que justificam a ausência sentida
Por entre ires e não ires, queimam-se esperanças
Brilhos de olhos que ficam opacos pelas mudanças repentinas do ir e não ir
O que fica o que marca é a ausência e o deslumbre do que ficou por viver, por dizer
Laços de sangue mais estreitos que o cabo de telecomunicações que faz ligação e marca nova ausência
Padrões que se repetem
Um dia, do outro lado estás tu,
Na agonia de quem espera por quem cresceu ver fazeres esperar
A família é muito mais que laços e tradições
São as memórias que construímos com suor e amor
Partilha de momentos bons e maus
Ouvir e dar aquele abraço
É o nosso abrigo
Compomos a estrutura do nosso castelo,
com vigas de valores transmitidos pelos nossos ancestrais
Honradas pela educação, moral, respeito e amor
Não é de todo perfeita, nem pode ser
Ela é a que escolhemos para crescer
É aquela que fará parte da estrada que um dia em retrospetiva te iluminará o caminho
que evita o abismo da solidão
De crenças de importâncias que urgem por resposta imediata
Justificam esta ausência e o adiar de uma vida em família.
São escolhas que fazes
Justificações que rogo que te sejam fiéis e que nunca te deixem cair
Mas se um dia tudo te faltar, ainda estarei aqui
Estaremos, aquela que te ama até ao fim, até ao último suspiro.
Ligar de véspera a marcar presença
Para depois no dia notar repetida ausência
Atitudes que comunicam
Será que dizem a tua verdade?
O que o teu coração quer dizer que a tua mente não permite a tua boca verbalizar?
Qual a tua verdade que evitas o confronto e esclarecimento
O que te impede de seres tu?
O que está por dizer?
O Sinal está fraco
Tende a desligar.
Vamos deixar o sinal morrer?
Pergunto, vamos deixar o sinal morrer?